Eco conduçãoSabia que é possível poupar até 25% do consumo em combustível adoptando uma eco-condução?A forma como se conduz é tão importante como o carro que conduz. Através de pequenas mudanças é possível obter reduções significativas nos consumos de combustível poupando energia, dinheiro e reduzindo as emissões poluentes. O que é a eco-condução? A eco-condução consiste na adopção de hábitos de condução que permitem tirar o maior partido dos veículos, tendo em atenção as características dos sistemas de propulsão e transmissão, optimizando os consumos, numa óptica de eficiência energética. A evolução tecnológica no sector automóvel permitiu nos últimos anos o fabrico de veículos com menores consumos e emissões poluentes, no entanto, grande parte dos condutores não aproveita este potencial. A adopção de uma condução eficiente, ou eco-condução, permite obter grandes benefícios ao adoptar práticas de condução simples e de baixo custo. Em Portugal, o sector dos transportes representa cerca de 37% do consumo total em energia final e cerca de 25% das emissões de gases com efeito de estufa, o que o coloca como um dos maiores sectores energívoros e poluentes do país. A adopção da eco-condução contribui, de forma significativa, para a redução do impacte deste sector no balanço energético e na redução da poluição. Em resumo, os principais benefícios são: • Redução dos consumos de combustível. • Redução das emissões de gases com efeito de estufa. • Redução de outros poluentes, como partículas, NOx e o monóxido de carbono • Aumento da vida útil do veículo ao sujeitar a menor desgaste as componentes do mesmo, reduzindo assim os custos de manutenção. • Redução do ruído. • Aumento do conforto dos passageiros. • Aumento da segurança rodoviária. • Menos stress na condução. Regras principais da eco-condução Antecipar o fluxo do trânsito Observe tão quanto possível o tráfego à sua frente, antecipando assim eventuais travagens e acelerações, o que permitirá reduzir o seu número. Desta forma reduz-se o consumo médio e aumenta o conforto a bordo. Agir em vez de reagir permite aumentar o raio de acção, aumentando a segurança geral na estrada. Um aumento na distância de segurança equivalente a cerca de três segundos ao carro da frente, o que permite otimizar as flutuações da velocidade do fluxo do tráfego, permitindo uma velocidade de condução mais constante. Maximize a inércia do veículo, retirando o pé do acelerador o mais rapidamente possível quando pretenda reduzir a velocidade ou numa descida. Isto reduz o consumo virtualmente a zero uma vez que a maior parte dos veículos novos corta a injeção de combustível quando se retira o pé do acelerador. Mantenha a velocidade constante a baixas rotações Abrande! Evite velocidades excessivas sempre que possível e mantenha a velocidade o mais constante possível. Conduzir a uma velocidade de 135 Km/h, para além de violar o código da estrada, representa um consumo de 25% mais do que conduzir a uma velocidade de 112 Km/h. Pode poupar 15% de combustível conduzindo a 80 Km/h, em vez de 100 Km/h. As acelerações bruscas aumentam o consumo de combustível e as emissões gasosas poluentes, assim como aumenta o desgaste mecânico e o desconforto dos ocupantes. Sempre que possível conduza a baixas rotações usando a mudança de velocidade mais alta possível. Mude de mudança Conduzir a rotações elevadas aumenta o consumo de combustível, pelo que é recomendável efectuar mudanças atempadas. Idealmente mude de mudança perto das 2000 rpm nos carros diesel e 2500 rpm nos carros a gasolina, no entanto a mudança óptima deverá ser identificada para cada viatura. Acelerações a fundo devem ser evitadas sempre que possível. Nas subidas escolha uma mudança que não necessite de acelerar a fundo, ficando assim uma reserva de aceleração (por segurança), colocando o acelerador a 2/3 ou 3/4. Mas quando necessário, e por questões de segurança, acelere a fundo para rapidamente chegar à velocidade requerida, dentro dos limites legais, de forma a gerir em segurança a situação, (exemplos: ultrapassagem, entrada na auto-estrada, etc.) Evite situações ao ralenti Um automóvel gasta aproximadamente 1 litro de combustível por hora ao ralenti. Em paragens superiores a 1 minuto é recomendável desligar o motor. Assim, em poucos segundos, o gasto energético associado ao arranque do motor é compensado pelo período em que o motor permaneceu desligado. Adicionalmente, um automóvel ao ralenti contribui para o ruído ambiente. Este tipo de estratégia deve ser evitado quando se encontra em situações de trânsito urbano, como nos semáforos ou em pára-arranca caso o automóvel não venha equipado com um sistema tipo “stop-start”. Não faça pré-aquecimento do motor antes de arrancar, nem mesmo no Inverno. Verifique regularmente a pressão dos pneus A pressão dos pneus deve ser verificada regularmente, pelo menos uma vez por mês, especialmente antes de um percurso longo ou a grande velocidade (auto-estrada) e sempre com os pneus a frio (não ter rodado mais de 3 km). Uma pressão demasiado baixa aumenta a resistência de rolamento (desgaste lateral) e o consumo de combustível. Uma pressão demasiado alta provoca um desgaste, no centro do pneu, e uma menor aderência na condução. A pressão errada também reduz a vida útil do pneu. A utilização de pneus com pressão adequada diminui o seu desgaste, reduz o consumo de combustível e proporciona maior segurança. (A pressão correta permite-lhe uma poupança até 3%) As indicações correctas de ajuste da pressão conforme as condições de cada viatura deverão ser consultadas no manual da viatura. Saber analisar os consumos Para se conseguir melhorar a condução no sentido de a tornar mais eficiente é essencial perceber como se gasta o combustível. Assim, para além de se compreender os processos mecânicos elementares que levam um carro a consumir combustível, é importante ganhar sensibilidade para o próprio desempenho do condutor e procurar analisar o perfil de condução. Atualmente há diversas ferramentas que permitem monitorizar as viagens e obter alguns parâmetros associados ao seu estilo de condução. Exemplo disso são os computadores de bordo, que em grande parte dos automóveis recentes permitem a visualização do consumo médio e do consumo instantâneo. Este último indicador é particularmente interessante, pois permite ver no momento a relação causa-efeito dos comportamentos de condução. Assim, estas ferramentas devem ser utilizadas sempre que possível pois são uma boa forma de ganhar sensibilidade para os diferentes estilos de condução. Mantenha o seu carro em boas condições Verifique o nível do óleo com regularidade e faça as manutenções preventivas indicadas pelo fabricante. (Potencial de poupança: 3%) Evite pesos desnecessários Regularmente verifique se transporta objectos que aportem peso desnecessário à viatura. Um peso de 50 kg adicional pode representar um aumento de consumo entre 1 e 3%. Nos percursos urbanos o consumo pode ser ainda mais significativo devido às variações frequentes de velocidade. Evite acessórios que reduzam a aerodinâmica do veículo A velocidade elevada, como na condução em auto-estrada, a resistência aerodinâmica é o principal responsável pelo aumento do consumo. Evite a condução com barras no tejadilho, suportes para bicicletas ou outros acessórios que afectem a aerodinâmica do veículo, retirando-os sempre que não são necessários. Evite também a condução a mais altas velocidades com as janelas abertas, uma vez que também aumentam a resistência aerodinâmica, originando assim um maior consumo. Utilize o ar condicionado de forma racional Desligue o ar condicionado sempre que não for necessário. Se a viatura estiver equipada ar condicionado com a função “ECO” ative-a de forma a reduzir o consumo quando este estiver ligado. Em deslocações curtas poderá dispensar a utilização do ar condicionado uma vez que a refrigeração do habitáculo poderá demorar mais tempo que a própria viagem. Adicionalmente, é nas situações de maior tráfego que o sistema de ar condicionado consome mais, podendo chegar a representar cerca de 20% do combustível utilizado. Se circular a velocidade elevada opte pelo ar condicionado em vez de abrir a janelas. A redução das emissões começa com a compra de viatura Ao escolher um carro novo escolha um veículo com baixas emissões e baixo consumo. Os veículos a diesel deverão estar sempre equipados com filtros de partículas. É útil que o tablier venha equipado com um indicador do consumo instantâneo e médio. Equipamentos como cruise control e mudanças automáticas permitem reduzir também os consumos. A compra de um veículo híbrido ou eléctrico poderá permitir reduzir ainda mais as emissões. A compra de carro deve ser bem refletida ponderando as diferenças que cada modelo apresenta face à tipologia de trabalho para o qual foi desenvolvido. Mais informação em link escolha do automóvel Evite deslocações curtas de automóvel Os motores “frios” consomem muito mais combustível por km que o motor já “quente”. Em deslocações curtas o motor normalmente não alcança a temperatura óptima de funcionamento o que aumenta o consumo e o desgaste do motor. Considere meios alternativos de transporte Cerca de 25% das viagens de carro têm menos de 2 km e 50% menos a 5 km. Escolhendo a bicicleta ou andar a pé não tem apenas efeitos positivos sobre o meio ambiente, mas também na sua saúde e no seu orçamento. O uso de transporte público também ajuda a economizar e evitar o stress. Considere o carpooling com amigos ou colegas, partilhando o carro a fim de economizar combustível e custos. Mais informação em link carpooling Fontes: http://www.energysavingtrust.org.uk/Transport/Consumer/Fuel-efficient-driving http://www.ecoconducao-portugal.pt/ http://www.renault.pt/descubra-a-renault/meio-ambiente/boas-praticas-conducao/ http://www.ecodrive.org/en/what_is_ecodriving-/the_golden_rules_of_ecodriving/ http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/Condutores/Ecoconducao/Paginas/Ecoconducao.aspx http://ec.europa.eu/dgs/energy_transport/index_en.html |