11/07/2013
Como transportar de forma eficiente nas cidades do futuro?Em 2050, cerca de 70 por cento da população mundial viverá em centros urbanos, o que duplicará a procura de combustíveis fósseis, veículos e infraestruturas viárias. Neste cenário, como garantir um transporte eficiente e sustentável, com baixas emissões de poluentes? Segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado na quarta-feira e citado pelo site da Exame, a solução passa pela eficiência energética. O documento indica que a implementação de políticas que melhorem a eficiência energética dos sistemas de transporte pode gerar uma poupança global de 54 biliões de euros com veículos, combustível e infraestruturas até 2050. O estudo baseia-se em exemplos de mais de 30 cidades para mostrar como é possível melhorar a eficiência do transporte, através de um maior planeamento das viagens e da gestão urbana, e simultaneamente conquistar benefícios extras, como menores emissões de gases com efeito de estufa e uma maior qualidade de vida. Atualmente, mais da metade da população mundial vive em cidades, muitas das quais sofrem de engarrafamentos. Esta situação tem prejuízos avultados a nível de gastos com combustíveis e tempo perdido, para além de danos ambientais e na saúde humana. "Os governos devem pensar além das tecnologias individuais e ciclos eleitorais, e considerar como construir - e como renovar - cidades que irão acomodar e transportar cerca de 6,3 mil milhões de pessoas até 2050", disse Maria van der Hoeven, diretora executiva da AIE durante o lançamento do estudo. O relatório recomenda três respostas. A primeira passa por promover a redução nas viagens com meios de transporte, recomendando o caminhar em pequenas distâncias. Uma segunda política sugeria prende-se com a promoção do transporte público em detrimento do transporte particular e a terceira tem que ver com a melhoria de tecnologia, com a promoção de veículos mais eficientes no consumo de energia e no transporte de passageiros em massa. O relatório apresenta três casos de estudo - Belgrado, Seul e Nova Iorque - para mostrar como essas cidades já melhoraram os seus sistemas de transporte. Os autores do documento observam, por exemplo, que nos primeiros seis meses de reforma do seu sistema ferroviário urbano, Belgrado triplicou o número de passageiros. EE / Exame |